Biografia

É uma das bandas mais criativas da música portuguesa e das maiores de que há memória; o seu início remonta a Almada, em 1993, e surge da criação e irreverência dos irmãos João Nobre (Braindead) e Carlos Nobre.

Uma vontade de fazer música com ramificações diretas ao hip hop industrial e orgânico dos Disposable Heroes of Hiphoprisy ou dos sociais conscientes Public Enemy, levou João Nobre a desafiar o irmão mais novo a embarcar na ideia e na aventura, a criação dos Da Weasel.
Carlos Nobre assume o papel de Pacman, letrista, voz principal e João Nobre torna-se Jay Jay Neige como compositor maior do projeto.

Armando Teixeira (maquinaria) e DJ Yen Sung (voz) entram para os Da Weasel um ano após o arranque e participam no primeiro EP da banda “More than 30 Mother***s“, todo ele cantado em inglês. Os temas “Monkey king” ou “God Bless Johnny” ecoam pelo país e revelam uma nova realidade no panorama nacional da altura, a união Rock e Rap.

Em 1995, surge o muito aguardado longa duração de estreia, “Dou-lhe Com a Alma”, editado pela Dínamo e é nesta fase que se inicia a transição do inglês para o português como língua dominante, dado que a banda assumia uma postura e consciência sociais irreverentes, na qual a mensagem seria a peça nuclear em todo o projeto. Os Da Weasel, já com Pedro Quaresma na guitarra, tornam-se o grupo revelação do ano e com maior presença e expressão no airplay de rádio em Portugal.

É nesta altura que Yen Sung sai da banda e entram em cena Virgul na voz e Guilherme Guillaz na bateria. É também lançado o disco “3º Capítulo” pela multinacional EMI, com produção da própria banda e Amândio Bastos, que integra as participações de Sam, Sanrise, Fernanda Freitas, João Gomes,
Laurent Filipe e Sinde Filipe. Este disco mostra uma banda mais madura na sua sonoridade e mais consciente, tomando o seu espaço na música nacional.
Temas como “Dúia” ou “Todagente” têm rotação diária e obrigatória nas playlists da rádio.

Armando Teixeira sai da banda prosseguindo uma carreira a solo e “Iniciação a uma vida Banal – O Manual” é lançado pela EMI em 1999. “Outro Nível” é o tema de maior expressão. A produção do disco conta com a colaboração do produtor brasileiro Bid, que havia trabalhado recentemente com Chico Science.
O disco marca o regresso em força da “doninha”, no seu melhor à atividade discográfica e aos palcos portugueses.

No espaço compreendido entre o lançamento do “3º Capítulo” e a chegada d'”O Manual”, os Da Weasel colaboram noutros projetos, tais como o disco de homenagem aos vinte anos de carreira dos Xutos & Pontapés, “XX Anos XX Bandas”, e a coletânea de música portuguesa “Tejo Beat”.

Em 2001 é lançado “Podes fugir, mas não te podes esconder“, após uma longa tour em solo nacional. Este trabalho atinge a marca de ouro, à época, com vendas superiores às 10 mil unidades com “Tás na Boa” e “Sigue Sigue!, este último com a participação dos cubanos Orishas. Segue-se a entrada de
Dj Glue para o grupo.

Em 2004 é lançado o seu sexto trabalho de originais, “Re-Definições”, que conta com as participações de Manel Cruz, João Gomes e da jornalista Anabela Mota Ribeiro, na leitura do tema que dá título ao álbum. É um disco cheio de canções incríveis, como ‘Re-Tratamento’, ‘Força (Uma Página de História)’ e ‘Casa (Vem Fazer de Conta)’, considerado o trabalho de maior sucesso da carreira dos Da Weasel, atingindo o estatuto de quádrupla platina, por mais de 60 mil cópias vendidas. Nesse mesmo ano, foram eleitos como o Best Portuguese Act nos Prémios MTV em Roma e receberam os Globos de
Ouro de Melhor Grupo e Melhor Canção.

2005 tem início com concertos especiais nos Coliseus de Lisboa e Porto, dos quais surge o primeiro disco ao vivo do grupo “Ao vivo nos Coliseus”. É ainda lançada uma edição especial de “Re-Definições”, com capa nova, com direito a remix para ‘Re-Tratamento’, a cargo da Cooltrain Crew, e um DVD com os
telediscos dos três singles. Nesse ano, multiplicam-se os concertos, com destaque para os do Festival Sudoeste, Olympia de Paris, Macau, assim como Madeira onde a banda atua pela primeira vez com orquestra, com a direção do maestro Rui Massena.

Em 2006 é lançado o novo longa duração de originais “Amor, Escárnio e Maldizer“, de onde saem os célebres e tão aclamados “Dialetos de Ternura” ou “Mundos Mudos” e que conta com participações tão especiais quanto Gato Fedorento, Bernardo Sassetti, Rapper e o produtor americano Atiba the Dappa
e da orquestra de Praga dirigida pelo Maestro Rui Massena. Nesse ano, a banda dá inicio a uma longa tournée e com a qual percorre o país de lés a lés até final de 2008; no primeiro ano, o grupo “parte a louça” toda no Rock In Rio com um espetáculo maravilhoso, intenso e profissionalmente exemplar e no
segundo ano, ainda com mais vigor, brilha na primeira edição do NOS Alive (na altura Optimus Alive) e impõe um momento marcante na história da música portuguesa, com um concerto em nome próprio e de produção ousada, com a participação dos convidados do seu mais recente disco, no Pavilhão Atlântico ( atual Altice Arena ). Em 2007 são novamente os eleitos do prémio Best Portuguese Act da MTV em Munique e voltam a receber o Globo de Ouro para Melhor Grupo.

A 29 de Novembro de 2008 é lançado o cd e dvd “Ao vivo no Pavilhão Atlântico”, um registo gravado ao vivo, num espetáculo único com lotação esgotada e após o qual os da Weasel anunciam uma breve pausa de atividade no ano de 2009.

Em Dezembro de 2010, a notícia colhe Portugal de surpresa e é anunciado na página oficial dos Da Weasel e também através de comunicado da editora para a comunicação social, o fim da banda.

Carlos Nobre, João Nobre, Pedro Quaresma, Guilherme Guillaz, Dj Glue e Virgul, continuaram ativos na música, integrados em vários projetos ou a solo, mas os Da Weasel permanecem como uma das mais aclamadas instituições da música portuguesa e que ainda marca várias gerações.

Chegados a 2019 e…, a “doninha” achava que iria surpreender e comunicou na altura que iria regressar no dia 11 de Julho de 2020 para um concerto único e exclusivo no palco principal do Nos Alive!

Mas a realidade por vezes pode ser dura e o mundo foi obrigado a parar.
A humanidade viu-se surpreendida com uma pandemia. O que nos levou a cancelar todas a atividades e manifestações culturais. O isolamento tomou conta das nossas vidas.

Mesmo assim a banda não deixou de assinalar o dia 11 de julho de 2020 com uma emissão online em direto dos estúdios da Valentim de Carvalho especialmente dedicada aos fãs.

Finalmente, em 2022 os Da Weasel subiram ao palco do Alive, numa noite absolutamente memorável, onde foram a primeira banda portuguesa de sempre a esgotar o festival.

Em 2023, a banda lança a sua primeira Biografia. A jornalista Ana Ventura investigou, conduziu e compilou um ano de longas conversas com os seis elementos dos Da Weasel, que pela primeira vez abriram as portas da toca da doninha, para se revelarem como nunca fizeram. As conversas, resultaram na primeira Biografia Oficial dos Da Weasel “Uma Página da História”, e chegou às livrarias a 27 de Abril de 2023.

Também em 2023 a banda volta a esgotar, como cabeças de cartaz, o Festival MEO Marés Vivas, onde deliciaram com uma atuação poderosa, os mais de 40 mil fãs presentes numa noite absolutamente memorável.

Ainda em 2023, os Da Weasel ganham o seu 3º Globo de Ouro, na XXVII Gala dos Globos de Ouro, na categoria Música/Melhor Atuação ao Vivo, premiando assim o incendiário e inesquecível concerto no NOS Alive 2022.

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