INSIDE – Desde 1993 o grupo já sofreu algumas alterações, tanto em termos de elementos como. de sonoridade. Na música podemos falar de maturidade ou podemos antes pensar em mudança de paradigma?
Da Weasel – Os DW, como a maior parte dos grupos, sentem uma necessidade constante de aprendizagem e evolução. Tentando explorar sempre novos caminhos, nós queremos sempre ir mais além.
Agora, a nossa essência continua inalterável. Continuamos a misturar estilos, tendências e sonoridades.
IN – Cada palavra nas letras dos Da Weasel parece ganhar forma, sendo com facilidade que fazemos uma analogia a algum momento da nossa própria vida. É essa a grande fonte de inspiração: A vida?
DW – Sim, a vida é a nossa grande fonte de inspiração. Sempre foi uma constante na nossa carreira, e acreditamos que o será sempre. Mas não somos em nada diferentes da maior parte dos artistas/bandas.
IN – Quem vai a um concerto do grupo, pode ver muitas mãos no ar, muita emoção e não há ninguém que fique com os pés no chão (nem mesmo o maior pé de chumbo!). Como é estar do lado de lá?
DW – Quando ao palco nos chegam boas vibrações, sentimo-nos obviamente galvanizados. Sentimo-nos confiantes e atestados de energia para retribuir, Não há melhor sensação para um artista, do que sentir carinho do público, e nessas alturas só nos apetece devolver esse carinho a triplicar…
IN – O álbum “Amor, Escárnio e Maldizer”, está com uma sonoridade bastante heterogénea. Isso porque amar, desdenhar e mal dizer pode fazer-se de diversas formas?
DW – Não podemos estar mais de acordo. No entanto essa heterogeneidade musical também é espontânea. É a causa do ecletismo sonoro deste disco, e não uma consequência lírica.
IN – Como tem sido a reacção do público a esta nova sonoridade?
DW – Como já atrás foi dito, queremos acreditar que mantemos a nossa essência de sempre. Mas claro que temos ambientes novos neste disco que nunca antes tinham sido explorados, tais como a música clássica… Mas para responder à pergunta, até agora a recepção tem sido fantástica. Os concertos têm sido muito recompensadores, com o público a manifestar-se de uma forma muito calorosa e positiva. Por outro lado o álbum está a vender muitíssimo bem. Estamos muito contentes.
IN – Como se gere seis formas de estar, seis formas de pensar e seis formas de viver?
DW – Imaginem um “casal grande”, com as mesmas discussões, brigas, amuos e… amor.
IN – Quem é o “cowboy” do grupo?
DW – É um dos nossos roadies…
Tínhamos que fazer isto…entrevistar a banda do momento!
Afinal desde 1993 que estes meninos andam a colher sucessos e a marcar a música portuguesa. Quem não sabe cantarolar… …toda a gente crítica, toda a gente tem muita pica, mas é na mesa de café que toda a acção fica…” ou “é mais forte um homem que cria um filho do que o que prime um gatinho” ..e todas as demais letras que Pac man traz da vida para a música!!?
Aqui fica uma pequena conversa e deixamos o CD Amor, Escárnio e mal dizer” para ouvir, sonhar e descobrir.
Entrevista: Lígia Ramos para a Inside